Confiança.

Olá, pessoal!

Se você tivesse 1 milhão de dólares e não houvesse banco ou lugar nenhum para guardar, a quem você entregaria sem medo esta quantia?

E um filho seu por um mês?

E todos os sentimentos que há em seu coração?

Pois é, isto se chama "confiança".

E o ato de confiar não perpassa apenas questões materiais.

É como se fosse um investimento: você dedica a uma pessoa uma espécie de crédito, cujo valor corresponde à sua crença de que aquela pessoa nunca te decepcionará. Você confia que ela nunca irá contra aquilo que você espera dela, ou seja, que ela nunca te traia.

E isto não tem preço, mas ao mesmo tempo, tem um valor inestimável. Não se confere a qualquer um, nem se encontra em qualquer lugar.

O sentimento de confiança é belo, une pessoas, nos dá segurança. Traz consigo sentimentos magníficos como: amor, respeito, dedicação, cumplicidade e amizade. É preciosíssimo por ser raro e por demonstrar a crença no outro, sobretudo nas boas atitudes do outro.

Porém, quando a confiança se desfaz, ou mostra seus primeiros sinais de deteriorização, sentimentos ruins vem à tona como: tristeza, traição e, principalmente, a decepção.

Você já decepcionou alguém?

Você já fez algo que envergonharia, magoaria, aborreceria ou mesmo que decepcionaria alguém que confia em você?

Você já traiu a confiança de alguém e se arrependeu?

Ou mesmo se sentiu traído e arrependido por ter conferido a alguém sua confiança e esta pessoa não ter honrado?

Pois é...

Sempre é momento de refletirmos o que estamos fazendo, não só com a nossa própria vida, mas com a confiança que depositaram em nós e com as expecativas positivas que nos entregaram como um presente.

Presente este que precisa ser cuidado, para que jamais gere o sentimento irreparável de decepção.

Pense, reflita.

Será que suas ações condizem com aquilo que os que te amam esperam de você?

Será que a forma como você age, longe dos que confiam em você ou mesmo só, os envergonharia ou os orgulharia? Será que toda a confiança depositada em você está sendo bem cuidada ou desperdiçada em pequenas porções dia a dia, por meio de atitudes mesquinhas, perversas e covardes?

Lembre-se: a covardia é inimiga da confiança. Mesmo que a covardia geralmente aja "às escondidas" da confiança, esta é sábia e sabe a hora de se retirar.

Falando nisso, reveja suas relações. Será que este bem tão precioso está sendo conservado por todos para os quais você doou?

Ou será que a confiança oferecida com tanto amor vem sendo desgastada, amarrotada e puída como um vestido que se ganha de presente e que se torna velho ao se deteriorar no armário por falta de uso e cuidado...

Pense, reflita.

Pense em suas atitudes com relação aos outros e nas atitudes dos outros para com você.

E cuide da confiança.

Não permita que te decepcionem, nem faça com que um sentimento tão precioso se perca por sua culpa.

Ame, seja transparente, pratique a honestidade, cuide, confie... E honre a confiança que depositaram em você!

Sempre.

Com carinho,

Vida.

Tragédia no Rio Grande do Sul sendo noticiada a todo instante e a única frase que me marcou nem partiu da televisão, mas da minha mãe que disse que "Pra morrer, basta estar vivo".

Parece uma frase óbvia, mas não passamos nossos dias pensando na maior certeza que a vida nos oferece. E, provavelmente, aqueles jovens que ali estavam também não.

E aí vem os pensamentos. Dos mais públicos como "Tão jovem, tão cheio de sonhos..." ou "Estava quase se formando", até os mais paticulares: "Nossa, ele se foi e não disse a ele o quanto o amava".

Independente deste caso ou de qualquer outro, mais do que a saudade que se sente ou o sentimento de desolação ao se deparar com o fim da vida, a dor sempre presente é aquela de arrependimento por não ter dito, não ter feito ou não ter demonstrado algo.

Vive-se muitas vezes "como se não houvesse o amanhã" e não há a preocupação com as consequências dos atos (ou da falta deles).

Procrastina-se um abraço, adia-se uma visita, sufoca-se o beijo e a vontade de dizer "eu te amo", por vergonha, comodismo ou medo da reação do outro.

Colocam a culpa no trabalho pra falta de convivência e sempre arrumam justificativas grandes para sufocar as relações de amor e carinho.

Prefere-se os amigos efêmeros, os companheiros de festas, aqueles com quem não se passa muito tempo, nem tampouco momentos difíceis, apenas os de alegria e diversão. Numa vida agitada e cheia de compromissos, não dão trabalho, não requerem amor, nem demonstrações de afeto. Uma curtida na foto do Facebook já alimenta a relação.

E assim as pessoas vão se distanciando de quem elas amam. De quem quer um abraço, um carinho, de quem quer conforto nas horas difíceis ou colo pra lágrima derramada. As pessoas se distanciam daquele que não dormia enquanto não chegasse, daquela com quem se passou os momentos mais dolorosos ou daquele que ensinou muito sobre a vida.

Cria-se asas ao longo da vida e poda-se raízes que aparentemente querem prender, cercear do maravilhoso mundo de oportunidades, mas que, na verdade, são apenas um referencial de amor e proteção que jamais deveria ser perdido.

Muitas vezes tudo aquilo que se busca parece mais atraente do lado de fora. Luzes, sons, gostos, sensações e, neste caminho, esquecemos de olhar pra dentro de nós mesmos e perceber o que o nosso coração fala de verdade.

Por isso, devemos viver com os pés no presente, coração no passado e olhos no futuro. Assim, nunca nos esqueceremos de onde viemos e sempre lembraremos de que um futuro existe e, já que a morte é o ponto de chegada de todos, que o caminho tenha sido feito de forma coerente, sem se esquecer de dizer "eu te amo" ou de "amar as pessoas, como se não houvesse amanhã".

Dê um abraço, ligue para aquele amigo com quem você não fala há anos, pare de arrumar desculpas para não se encontrar com quem você não ficava nem 1 dia sem se falar... Não deixe guardada em seu coração a vontade de expor o amor.

Não permita que seus sentimentos sejam sufocados, exponha-os ao sol e deixe que floresçam, criando mais e mais laços, gerando mais e mais amor.

Afinal, se "pra morrer, basta estar vivo", que pelo menos o amor e o carinho sobrevivam, sendo perpetuados e mantidos eternos. Porque, o resto... Tudo se esvai com a perda, inclusive as milhares de barreiras que impedem de praticar o amor!

Com carinho,