Olá, pessoal!
Ando sumida, né?!
Mas foi por uma boa causa... Estava em Caldas Novas descansando, graças a Deus!
Bom, preciso colocar um monte de coisa em dia por aqui, mas vamos por partes. Vou falar hoje com vocês sobre um tema ao qual já venho "ensaiando" alguns rascunhos, mas que, pela própria falta de tempo, vou retomar agora!
Não sou muito chegada a falar de casamento não (até porque, se quisesse, continuava no "Ah, quando casar, passa!", que era muito mais cômodo), mas resolvi falar aqui.
Ando vendo o que as instituições: "casamento" e "família" se tornaram.
E, sinceramente?! Me entristece.
A efemeridade nas relações contaminou também estes dois meios, antes tão preservados... (Ainda, que muitas vezes isso fosse algo hipócrita, mas pelo menos víamos mais casais com 15, 20, 30 anos de casados. Hoje, tem gente que se separa no primeiro ano de casado).
Infelizmente, casar, ter filhos e constituir família se tornou um capricho.
Um bem não-durável que se compra em qualquer cerimonial e se paga em suaves prestações...
Um amor, um filho, uma família pra chamar de sua?!
Não, pra mostrar aos outros que se tem. Talvez nada daquilo signifique ou faça sentido, mas se tem.
Tem-se como um bem, uma conquista, um mimo adquirido para satisfazer um capricho ou preencher um ego frustrado por decepções.
Infelizmente, tem gente que quer é fazer festa, usar vestido branco, anunciar pra meio mundo, arrumar o primeiro mané que vê pela frente pra "tampar sujeira" do passado, realizar "sonho" de ser mãe...
Tem gente que vai pra casamento ou tem filhos e nem o básico pra estes dois momentos importantíssimos da vida tem. Recorre a parentes, amigos e envolve as pessoas que estão ao redor, como se casamento não fosse a união de duas pessoas, como se a geração e criação dos filhos não fosse responsabilidade apenas dos pais.
Casamento virou evento. Filho virou motivo pra chá de fralda.
Instituições antes sagradas e sólidas, planejadas com amor e responsabilidade viraram hoje em dia uma espécie de ação coletiva, como uma rifa ou uma revista da Avon, que fica ali exposta, esperando que alguém "compre pra ajudar"...
Afinal, pra quê pensar na convivência entre o casal, quando se tem um dia de noiva deslumbrante?
Pra quê se preocupar com as dores do parto e com os desafios de se criar uma criança, se já conseguimos 45 pacotes de fralda no chá?!
Não vejo mais com tanta frequência nos casamentos o amor. O olhar apaixonado dos noivos. Só vejo noivas e mais noivas que se voltam pra si como se fossem protagonistas de um espetáculo. O noivo torna-se uma espécie de coadjuvante que está ali só pra cumprir o papel de lacuna, afinal, oficialmente, ninguém se casa sozinho.
Porque eu acho que se deixassem, muitas mulheres se casariam consigo mesmas, só pra ter um dia de princesa (princesa-plebéia, porque é cada coisa de mal gosto que anda aparecendo por aí)...
Aí é que nem minha mãe fala: as contas entram pela porta, o amor sai pela janela...
E é dito e feito. Vem a separação.
E como é triste ver um casal se separando... A chance de uma nova família, de novas histórias e vidas se esvai, murcha junto com o buquê, azeda junto com os bem-casados, se deteriora junto o vestido...
Infelizmente, casamento hoje em dia virou "modinha".
É chique fazer casamento e convidar 480000000 pessoas (que são praticamente patrocinadores não-voluntários do evento). Dá um ar de pseudo-pureza fazer 100km de grinalda, como se isso fosse a gravação de uma cena de novela: entrou, fez os votos, se sentiu a princesa, acabou, tirou a maquiagem e cada um foi pra sua casa.
E filhos então? Deve ser por isso que os homens estão cada vez mais assustados com a ideia de serem pais. Deve ser porque já viram o grande "circo" que foi o casamento e temem que o mesmo ocorra com o nascimento de seus descendentes.
E casamento, nem tampouco filhos são isso. Casamento não é glamour, propaganda de margarina, festa, mimos e presentes dos parentes. Filhos não são chás de fralda, barriguinha pintada de batom, nem lembrancinha de biscuit.
Casamento é luta diária, conquistas do casal, crescimento dos dois... Filhos são pra vida toda, pra vê-los crescerem, amadurecerem, se tornando (com a orientação dos pais) homens e mulheres de bem.
É triste pensar que há ainda quem se prepare no casamento pra um dia de Angelina Jolie no Oscar, não pro dia-a-dia de mulher comum.
E a realidade (quando não se prepara para ela) dói.
E as "noivinhas" tããããão loucas pra casar descobrem da forma mais dolorida que estavam loucas pra usar um vestido, não pra dividir uma vida, pra caminhar junto.
E não estou aqui botando culpa nas mulheres. Acho que um homem que dá corda a um "pseudo-sonho" tão alienado como esse está errado também.
Afinal...
Casa-se hoje por glamour.
Casa-se hoje por conveniência.
Casa-se hoje pra parar de ser chamado de "gay" ou de "rodada"...
Casa-se hoje por todos os motivos e é raro ver quem casa porque ama.
Mas existe. Talvez com mega-festa de princesa, talvez não... Mas existe.
E são estes que ainda mantém o real significado do casamento: a união de corpos e almas e não o evento super bem realizado...
Assim como os filhos que não devem ser gerados só pra postar foto na internet, fazer social com outras futuras mamães ou contar no emprego que "não é uma árvore sem fruto"...
Amor é abstrato, não se vê, não dá pra colocar na internet, nem numa festa de casamento ou num álbum de fotografias. Nem palavras conseguem mensurar de fato o que é o amor.
Amor se sente. E isso basta.
E talvez, por estarmos em uma sociedade de tanta aparência, ele esteja sendo tão deturpado. Querem materializar e transformar qualquer coisa em amor.
E qualquer coisa que não é amor, acaba se perdendo...
Na primeira briga, na primeira dívida, na primeira toalha molhada em cima da cama.. Na primeira coisa que se aparentar feia, dentro de um universo que parecia tão plástico, tão perfeito e tão lindo...
No primeiro chorinho, na primeira "birra", na primeira febre ou cólica... No primeiro fato que fizer lembrar que o bebê não é nenhuma boneca da Estrela.
E o pior é que os casamentos antigos se rendem a esta plasticidade do mundo... Tudo hoje é muito descartável, parece que quase ninguém mais quer lutar por nada, nem pelo seu relacionamento.
Não sou nenhuma ditadora ou quero parecer entendida de família.
Apenas vejo os casais ao meu redor - aqueles que glamurizaram tanto seus "15 minutos de fama", fizeram juras de amor eterno - e hoje não conseguem ficam juntos nem por 5 minutos.
Aquelas que exibiam suas barrigas com orgulho e hoje falam gritando com seus bebês: "Ai, pára de chorar, coisa mais chata!"... Como se o choro não fosse algo inerente ao ser humano.
Não façamos de nossas histórias, uma coleção de desenlaces, nem coloquemos no mundo mais uma geração de crianças que têm tudo o que querem, mas não têm o mínimo de amor dos pais.
Bom, é isso.
Pra terminar, deixo vocês com uma mensagem muito fofa que vi hoje no Facebook e que é, pra mim, uma forma simples de se falar de casamento:
Beeijos!
Não se esqueça de clicar em "Leu?" nesta barrinha rosa aqui embaixo e participar do nosso ranking de leitores!
Com carinho.
Naná